SC bate recorde; Vice de Jorginho em debate; Adriano Silva em Barcelona; entre outros destaques

Santa Catarina dribla o protecionismo e bate recorde

Os números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços confirmam o que já se percebe na prática: Santa Catarina tem motivos concretos para comemorar. As exportações cresceram 5,2% em outubro e alcançaram o maior valor para o mês desde o início da série histórica. Em um cenário internacional instável, com retração de grandes parceiros e medidas protecionistas em vigor, o desempenho catarinense é mais do que expressivo: é sinal de solidez econômica e de um modelo produtivo que vem se mostrando resiliente.

O primeiro argumento é a diversificação da pauta exportadora. O crescimento não se deve a um único setor, mas ao equilíbrio entre o agronegócio e a indústria. Carnes de aves e suínos seguem como locomotivas, mas produtos industriais (como motores e geradores elétricos) mantêm peso relevante, reforçando a imagem de Santa Catarina como um Estado que alia produtividade, tecnologia e qualidade. Essa combinação garante estabilidade mesmo diante de adversidades externas.

O segundo ponto é a capacidade de adaptação ao cenário global. A queda de quase 10% nas exportações para os Estados Unidos, principal parceiro comercial, reflete os impactos do tarifaço americano, um conjunto de medidas protecionistas que encareceu as importações e reduziu a competitividade dos produtos catarinenses. Ainda assim, o Estado conseguiu compensar essa perda ao ampliar as vendas para países latino-americanos e asiáticos, como Argentina (+25%), Chile (+36%) e Japão (+10%). Ou seja, há estratégia, não sorte.

Enquanto outros estados ainda sofrem com o desaquecimento de mercados tradicionais, Santa Catarina diversifica, conquista novos destinos e mantém seu protagonismo. O resultado acumulado do ano — alta de 5,1%, com mais de US$ 10 bilhões exportados — mostra que a política de incentivo à produção e à desburocratização vem dando frutos.

Diante de um cenário internacional desafiador, crescer já seria um feito. Santa Catarina mostra que é possível prosperar mesmo em tempos de incerteza — e isso, sem dúvida, é motivo de comemoração.

Vice

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) entrou no debate sobre a formação da chapa majoritária do PL para 2026 e sugeriu, nas redes sociais, uma solução para encerrar o impasse interno. Segundo ele, o governador Jorginho Mello deveria anunciar o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), como vice. “Ponto, fim do rolo”, escreveu. A proposta, porém, deixa de fora o senador Esperidião Amin (PP), cotado como aliado em uma possível coligação. O nome de Julio Garcia já havia sido lembrado pelo prefeito Topázio Neto (PSD) como opção a vice.

Passeios públicos

O prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), apresentou no Smart City Expo World Congress, em Barcelona, o projeto Passeios Públicos, que transforma áreas carentes em espaços urbanos modernos e acessíveis. A iniciativa adota o conceito de “Cidade para as Pessoas”, com pequenas intervenções que geram grandes impactos, como drenagem, pavimentação, ciclovias e áreas de lazer. O programa já beneficiou 33 mil moradores e tem obras em andamento que alcançarão mais de 200 mil pessoas.

Do leitor

Eduardo André Senna enviou à coluna uma manifestação sobre a disputa interna do PL catarinense, na qual propõe uma reflexão sobre o verdadeiro sentido da lealdade na política. Para ele, a lealdade de um parlamentar deve ser, antes de tudo, com seus princípios, convicções e eleitores, e não com figuras de poder ou alianças circunstanciais. E que o significado original da palavra vem sendo “distorcido, relativizado e moldado politicamente”, e que o respeito devido a autoridades, como o governador, deve ser ao cargo e não necessariamente à pessoa. “Respeito, submissão, gratidão e admiração não se confundem com lealdade. Homens e mulheres públicos tenham mais lealdade consigo mesmos e com os eleitores do que com parceiros políticos”, escreveu ao expressar solidariedade e apoio à deputada Caroline De Toni.