Hora de união contra o metanol
O Brasil enfrenta uma crise que exige ação imediata e cooperação total: o avanço de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. Em várias regiões do país, mortes e sequelas graves expõem um problema que não é apenas policial – é sanitário, econômico e moral. E a resposta precisa vir de todos.
O Congresso Nacional parece ter entendido a urgência. A Câmara dos Deputados anunciou que pretende acelerar a votação de projetos que endurecem as penas para falsificação de bebidas e ampliam a fiscalização sobre a produção clandestina. É um passo importante, mas não suficiente. Leis mais duras só terão efeito se forem acompanhadas de fiscalização efetiva, investimento em tecnologia e integração entre os órgãos de controle.
O metanol é um inimigo invisível, que se disfarça em garrafas aparentemente comuns. Combater esse perigo não é papel de um único setor. O governo precisa agir com rigor, a indústria formal deve garantir rastreabilidade e transparência, e a população tem o dever de desconfiar e denunciar.
Neste momento, o Brasil precisa deixar de lado diferenças partidárias e interesses isolados. É hora de união do Poder Público, das empresas e da sociedade. Cada ação preventiva, cada denúncia, cada lei aprovada com rapidez e responsabilidade pode significar uma vida salva.

Impasse
O PL enfrenta um impasse interno em Florianópolis. O partido havia assegurado à vereadora Manu Vieira que ela seria a candidata única à Assembleia Legislativa, com a promessa adicional de que o ex-deputado Bruno Souza não disputaria o mesmo cargo. Mas o que se ouve é que o compromisso não será mantido, e a legenda agora busca uma alternativa que preserve a unidade interna e evite atritos diretos: lançar Manu como candidata a deputada federal.

Mudança de rota
Nos bastidores, comenta-se que a vereadora Manu Vieira teria condicionado essa mudança de rota a duas garantias políticas e estruturais: a formação de uma dobradinha com a deputada estadual Ana Campagnolo e o compromisso de um aporte robusto de recursos do Fundo Eleitoral. Com esses dois elementos, Manu ampliaria suas chances de sucesso eleitoral e o partido encontraria uma solução elegante para o impasse.

Presidente do Detran
O governador Jorginho Mello (PL) escolheu o coronel da Polícia Militar, Cristiano Medeiros, atual chefe da Casa Militar do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, como novo presidente do Detran-SC. Natural de Florianópolis, o oficial ingressou na Polícia Militar em 1997, e tem mais de 28 anos de carreira dedicados à segurança pública. Bacharel em direito e segurança pública, Medeiros é reconhecido pela sólida formação técnica e perfil conciliador. Ao longo da trajetória, comandou batalhões, integrou a Assessoria do Comando-Geral e, desde 2025, é coronel da PMSC. Ele substitui Ricardo Miranda Aversa, exonerado no dia 25 do mês passado.

Quinto Constitucional
Depois da primeira fase, em que a OAB/SC selecionou 12 candidatos, a advocacia catarinense vota hoje para escolher os seis nomes que formarão a Lista Sêxtupla do Quinto Constitucional para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça. Cerca de 40 mil advogados estão aptos a participar da eleição, que ocorre das 9h às 17h em todo o Estado. Os seis mais votados serão encaminhados ao TJ, que, em voto secreto, reduzirá a lista a três nomes. Em seguida, o governador Jorginho Mello escolherá o novo desembargador. A disputa, apelidada de “Super Quinto”, é considerada a mais acirrada da história da OAB/SC. A expectativa é de recorde de participação, superando os 13.936 votos de 2023.

Processo de expulsão
O deputado federal Fábio Schiochet (União Brasil-SC) foi designado relator de um dos processos disciplinares abertos pelo União Brasil contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. O partido acusa o ministro de infidelidade partidária por manter apoio ao governo Lula, mesmo após o rompimento formal da sigla com o Planalto. Ao todo, foram instaurados dois pedidos de punição, que podem levar à expulsão de Sabino. O outro processo será relatado pela senadora Dorinha Seabra (União Brasil-TO). O ministro, porém, sinaliza que pretende continuar no cargo.

Crime de tortura
O STJ manteve a condenação de quatro policiais militares de Santa Catarina pelo crime de tortura cometido em 2015, em Ponte Alta do Sul, na Serra. Os PMs agrediram três adolescentes e dois adultos durante uma ação de averiguação de tráfico de drogas. A decisão, relatada pelo ministro Antonio Saldanha Palheiro, foi proferida em 1º de agosto de 2025. Em primeira instância, os réus receberam quatro anos de prisão em regime aberto e perda do cargo público. O TJSC manteve as penas, afastando apenas a tortura-prova. A advogada Renata Ceolla Tagliari, que representa as vítimas, chamou a decisão de “vitória importante após dez anos de luta”.




