PP no Senado; Topázio e Gean na Feijoada; Manifestações contra Anistia; Plano Safra; entre outros destaques

PP reage mal à candidatura ao Senado

O Progressistas não recebeu bem a articulação do governador Jorginho Mello (PL) de oferecer ao Republicanos a candidatura da deputada federal Caroline de Toni ao Senado. Para caciques do PP, a movimentação quebra o acordo firmado com o próprio governador, que previa uma das vagas reservada à federação União Brasil-PP.

Pelo entendimento original, a segunda indicação caberia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que já havia sinalizado preferência pelo filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O cenário se complica com três nomes fortes na disputa por duas vagas: Caroline, Carlos e o senador Esperidião Amin, que não cogita abrir mão da reeleição.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan News, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, admitiu que o partido precisa encontrar uma solução para Caroline, lembrando que a deputada tem prestígio em sua base e condições de se eleger. Ele destacou, no entanto, que Bolsonaro faz questão de manter Amin na chapa, reconhecendo a trajetória de fidelidade do senador às pautas da direita.

Amin, mesmo incomodado com o gesto de Jorginho, não cogita abrir mão da disputa. A insistência do senador, paradoxalmente, facilita o caminho do governador, que mantém o compromisso com a federação, não rompe com Bolsonaro e ainda assegura maior tempo de TV para as eleições de 2026.

Distanciamento

Na Feijoada do Cacau, sábado (20), foi perceptível o clima nada amistoso entre o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), e o ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil). Ao ser chamado para posar em uma foto ao lado de Gean e do governador Jorginho Mello (PL), Topázio saiu de fininho e evitou o registro. O gesto foi notado pelos presentes e gerou comentários sobre o distanciamento político entre os dois.

Termômetro

Os atos em 18 capitais contra a anistia de 8 de janeiro e a PEC da Blindagem mostraram a disposição da esquerda em reagir às recentes votações no Congresso. São Paulo concentrou a maior mobilização no país. Em Florianópolis, a concentração foi no lado insular da ponte Hercílio Luz. O movimento ganha peso político ao ser visto como termômetro da capacidade de organização da esquerda em meio às articulações para 2026. Os atos de ontem expõem a divisão do país sobre os rumos da democracia.

Progressistas

A menos de um ano das eleições de 2026, o Progressistas iniciou em São Bento do Sul a série de encontros “Mobiliza 11”. O evento, realizado sexta-feira (19), evidenciou a estratégia de valorização regional da sigla e consolidou nomes que devem disputar vagas no Norte do Estado. O presidente estadual, Leodegar Tiscoski, destacou que a nominata é fruto de planejamento de longo prazo. Segundo ele, a meta é ampliar as bancadas estadual e federal, além de garantir a reeleição do senador Esperidião Amin.

Realidades municipais

Durante o encontro, o dirigente do Progressistas também atualizou as negociações da chamada “superfederação” com o União Brasil. Leodegar afirmou que as conversas estão em andamento e que há alinhamento estratégico entre as siglas. Ressaltou, no entanto, que cada partido manterá autonomia plena em suas decisões. A construção, segundo ele, exige responsabilidade e diálogo. O dirigente lembrou que o processo também precisa respeitar as realidades municipais.

Recupera Maçã SC

O governo de Santa Catarina e a Frente em Defesa da Maçã da Alesc lançaram, em São Joaquim, um pacote histórico para o setor. A ação prevê o programa Recupera Maçã SC, com até R$ 100 mil em crédito sem juros para produtores atingidos pelo granizo, além de R$ 4,1 milhões no Sistema de Combate ao Granizo. Santa Catarina é responsável por metade da safra nacional da fruta. A ação foi liderada pelo deputado Lucas Neves (Podemos) e pelo secretário da Agricultura, Carlos Chiodini.

Plano Safra

O governo federal lança hoje, no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa, o Plano Safra 2025/2026 em Santa Catarina. Considerado o maior programa de crédito e fomento ao campo do país, terá foco na agricultura familiar, pesca, aquicultura e agronegócio empresarial, setores estratégicos da economia catarinense. O evento reunirá autoridades federais e estaduais, lideranças políticas e representantes dos setores produtivos, reforçando o peso político e econômico do tema no Estado.