Pacote emergencial para blindar a economia
Diante do impacto da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, o governo de Santa Catarina reagiu de forma estratégica, anunciando um pacote emergencial de R$ 435 milhões para proteger os setores mais atingidos e preservar cerca de 73 mil empregos. Mais do que números, trata-se de uma ação concreta para garantir que as indústrias catarinenses continuem competitivas e que a economia do Estado não sofra retrocessos graves.
As medidas estaduais combinam alívio tributário, liberação de crédito e financiamento emergencial via BRDE, criando uma rede de proteção para as empresas que mais precisam. O envolvimento da Fiesc na construção do pacote mostra que o diálogo com o setor produtivo é essencial para que as políticas públicas sejam eficazes e tragam resultados concretos.
O esforço estadual se soma às medidas do governo federal apresentadas ontem, com o plano Brasil Soberano, que prevê R$ 30 bilhões em crédito e amplia o programa Reintegra, devolvendo parte dos impostos pagos durante a produção de bens exportados. Essas ações reforçam a proteção às empresas catarinenses e criam uma resposta coordenada frente à nova tarifa, garantindo alívio imediato e segurança para micro, pequenas, médias e grandes empresas até 2026.
Levantamentos da Secretaria de Estado da Fazenda indicam que Santa Catarina exportou R$ 9,9 bilhões para os Estados Unidos em 2024, sendo que 95% desse valor está diretamente exposto à nova tarifa. Os setores mais afetados, como madeira, móveis, blocos de motor e transformadores, e regiões como Norte e Vale do Itajaí, mostram que a economia catarinense depende de ação rápida e integrada dos governos estadual e federal.
Santa Catarina, portanto, não esperou passivamente diante de choques internacionais. O governo estadual demonstra que é possível reagir de forma firme, responsável e estratégica, protegendo empregos, investimentos e a confiança do mercado, e preparando o Estado para enfrentar futuras turbulências com mais resiliência.

Nomes na disputa
O MDB de Santa Catarina promoveu, terça-feira (12), mais um encontro de coordenadores regionais, reunindo lideranças da Grande Florianópolis. Durante o evento, João Cobalchini, presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, e Michel Schlemper, vice-prefeito de São José, foram apresentados como pré-candidatos a deputado estadual. As próximas reuniões serão em Jaraguá do Sul, Joinville, Palmitos, Maravilha e São Lourenço do Oeste ainda este mês.

Escritórios internacionais
Santa Catarina terá dois escritórios internacionais, um na China e outro nos Estados Unidos, para manter relações permanentes com autoridades e investidores. As unidades serão ligadas à SCInvest e terão como representantes Rodrigo Prisco Paraíso, na China, e Renato Lacerda, atual presidente da SCInvest, nos Estados Unidos. Lacerda deve dar o lugar a Mario Cezar de Aguiar, ex-presidente da Fiesc, convidado por Jorginho Mello, que aguarda a resposta. A proposta é que entidades empresariais ajudem a financiar a manutenção dessas representações.

Novidade
Henrique de Freitas Junqueira foi empossado como secretário adjunto da Casa Civil de Santa Catarina. Ele será responsável por auxiliar na articulação do Poder Executivo com a Alesc, função antes exercida por Marcelo Mendes, empossado como procurador geral do Estado. Junqueira atuou como assessor legislativo na Câmara dos Deputados e no Senado, nos mandatos de Jorginho Mello nas Casas Legislativas.

Demandas locais
O vereador Vinicius Ramos (MDB), de São José, assumiu a vice-presidência da Uvesc (União dos Vereadores de Santa Catarina), ampliando a presença da Grande Florianópolis na federação que representa as câmaras municipais do Estado. A nova diretoria reúne parlamentares de várias regiões para fortalecer o papel dos Legislativos e incentivar a troca de experiências.

Clima de paz
O governador Jorginho Mello esteve ontem no TCE/SC para tratar da retenção de R$ 1,5 bilhão nos fundos sociais e educacionais do Estado, referente a recolhimentos de empresas com benefícios fiscais entre 2019 e 2024. O encontro também teve o objetivo de aparar arestas entre o governo e o tribunal após recentes tensões institucionais. O programa Universidade Gratuita foi alvo de relatórios que apontaram inconsistências em matrículas e rendas de bolsistas. Em resposta, o governo identificou erros de digitalização nos dados dos alunos, que teriam inflacionado os valores patrimoniais declarados.