Batalha Política pela Presidência da Alesc; Expulsão no PL; entre outros destaques

Batalha política pela presidência da Alesc

A presidência da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) tornou-se um tema central nas conversas políticas pelo Estado, refletindo a dinâmica de poder e as alianças que estão se formando em torno do governador Jorginho Mello (PL). O momento é marcado por negociações intensas, especialmente entre o MDB, que conta com uma bancada de seis deputados, e o PP, com três, que buscam garantir maior participação no governo em troca de apoio político.

Recentemente, Jorginho se reuniu com líderes do MDB, destacando a importância de fortalecer a parceria entre o partido e o governo. O encontro não só abordou a eleição da Mesa Diretora da Alesc, mas também discutiu o apoio do MDB à reeleição do governador em 2026. No entanto, apesar de suas tentativas de atrair os emedebistas para sua causa, Jorginho enfrenta desafios significativos.

Um dos principais obstáculos é o compromisso do MDB com Julio Garcia (PSD), que é visto como favorito para retomar a presidência da Alesc. Garcia possui uma base sólida, e tem o acordo com os emedebistas sustentado desde a vitória de Mauro de Nadal como presidente da Assembleia.

As negociações estão ocorrendo não apenas em reuniões formais, mas também em conversas individuais, o que reflete a complexidade das relações políticas e o clima de incerteza que permeia o ambiente legislativo.

A situação se torna ainda mais tensa quando consideramos que opositores de Jorginho o acusam de adotar posturas pouco republicanas nas eleições municipais. E pode ressoar entre os deputados, impactando sua disposição em apoiar suas iniciativas e um nome indicado pelo governador.

A disputa pela presidência da Alesc não é apenas uma questão de liderança legislativa, trata-se de um embate que envolve interesses políticos e estratégicos fundamentais para a governabilidade de Jorginho Mello.

A capacidade do governador de consolidar apoio entre os partidos e, ao mesmo tempo, enfrentar o forte nome de Julio Garcia será determinante para o sucesso de sua administração e para a continuidade de suas políticas no Estado.

Assim, a batalha pela presidência da Alesc se torna um reflexo das tensões e alianças que moldarão o futuro político de Santa Catarina e mostra o afastamento, cada vez mais claro, entre PL e PSD.

Apoio

Após os resultados das eleições municipais, o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (PL), manifestou a intenção de solicitar a expulsão do deputado Carlos Humberto Silva do Partido Liberal, apontando-o como culpado pela derrota de seu candidato, Peeter Lee Grando. Carlos Humberto teria apoiado publicamente a candidata Juliana Pavan (PSD) durante a campanha. Em defesa do deputado, Ivan Naatz (PL) afirmou que a escolha do candidato não foi responsabilidade de Carlos Humberto e reiterou o apoio da bancada ao parlamentar, defendendo sua permanência no partido.

Pegou mal

Adriano Silva (Novo), prefeito reeleito de Joinville, antes mesmo de sua posse para o segundo mandato, deixou claro o nome do secretário de Governo, Gilberto Leal, como seu provável candidato a deputado estadual pelo Podemos. Adriano só esqueceu de olhar para o lado e ver que vários vereadores que compõem a base de governo também têm interesse na disputa. Um vereador disse à coluna que para um governo que segura vereadores na base do amor, sem cargos, e agora sem expectativa de apoio para um projeto estadual, Adriano pode ter dado um tiro no próprio pé.