O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (22), em Brasília, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O pedido de prisão foi feito pela PF, que alegou risco de fuga do ex-presidente durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o pai reside.
A prisão foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pelo advogado Celso Villardi, que atua na defesa do ex-presidente na investigação sobre a trama golpista. Segundo Rodrigues, Bolsonaro foi levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, em Brasília.
Na decisão que autorizou a prisão, Moraes afirma que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica por volta das 0h deste sábado, conforme registro do sistema de monitoramento.
“O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta SUPREMA CORTE a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu Moraes.
Moraes mandou PF não usar algemas
No mandado de prisão, Moraes determinou que a ordem fosse cumprida “sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”.
“A autoridade policial responsável deverá cumprir o mandado no dia 22/11/2025, no período da manhã, observando que a medida deverá ser cumprida com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática; ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”, diz a decisão.
Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde o início de agosto, em decorrência de outra investigação não relacionada ao inquérito do golpe.




