MDB cobra definição de Jorginho para 2026
O MDB catarinense, historicamente um dos partidos com maior capilaridade no Estado, enfrenta um dilema estratégico diante de 2026. Apesar de integrar a gestão do governador Jorginho Mello (PL), a sigla ainda não obteve clareza sobre seu espaço na chapa majoritária, nem como vice, nem como opção ao Senado, e isso gera apreensão em seus quadros.
Em reuniões recentes conduzidas pelo presidente estadual Carlos Chiodini, dirigentes do partido manifestaram a percepção de estar relegados a um papel secundário. Há uma avaliação de que Jorginho tem priorizado alianças com partidos de direita organizados, como Progressistas, União Brasil e PSD, custando ao MDB o prestígio proporcional ao seu peso eleitoral em Santa Catarina.
Essa insegurança eleitoral se acentua ainda mais frente à divisão interna: lideranças como os ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Eduardo Pinho Moreira, e a ex-deputada Ada de Luca, desaprovam a aproximação com o PL, enquanto outros defendem que há espaço para negociação. Entre os nomes mais cotados para compor a majoritária estão o próprio Chiodini e o deputado Antídio Lunelli, este último já desempenhando protagonismo ao dizer que “o MDB catarinense está ao lado do governo”.
Vale lembrar que, desde março deste ano, o MDB já garantiu três secretarias no governo estadual: Agricultura, Meio Ambiente e Economia Verde, além de cargos estratégicos como a Fesporte.
O MDB de Santa Catarina parece estar atravessando uma encruzilhada: é parte do governo, tem estrutura instalada, mas ainda não encontrou voz ativa com garantias eleitorais. Caso queira evitar o isolamento político em 2026, o partido precisará, mais do que nunca, articular uma posição clara: ou negocia vaga na chapa majoritária com firmeza, ou se expõe ao risco de ver sua influência reduzida, com bases cansadas e sem protagonismo real.

Tributos estaduais
O deputado Antídio Lunelli (MDB), relator na Comissão de Finanças e Tributação, deu parecer favorável ao projeto de lei 0003/2024, de Matheus Cadorin (Novo), que permite o pagamento de tributos estaduais por cartão de débito e crédito. Lunelli destacou que a medida moderniza e facilita a vida do contribuinte, ampliando os meios de quitação de impostos, taxas e multas. Lembrou ainda que prática semelhante já ocorre no IPVA. Segundo ele, a proposta trará mais eficiência à arrecadação, redução de custos e maior comodidade ao cidadão.

Entusiasmo
Lideranças do Progressistas e do União Brasil comemoraram com entusiasmo a consolidação da chamada “superfederação”, que amplia de forma significativa o peso político das siglas em Santa Catarina. Com seis deputados estaduais – três de cada partido –, a nova composição garante a segunda maior bancada da Alesc, em condição de igualdade com o MDB. O cenário nos municípios também reforça a euforia: juntos, os dois partidos somam 62 prefeitos, 72 vice-prefeitos e 604 vereadores. Para dirigentes estaduais, a união projeta protagonismo nas eleições de 2026. A expectativa é de que a federação se torne um dos principais polos de articulação política no Estado.

Desconto
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pré-candidato a presidente da República, minimizou as duras críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) contra os governadores de direita, ressaltando que se trata de um momento delicado para a família, e que suas falas merecem um “devido desconto”. Carlos acusou os governadores presidenciáveis de agirem como “ratos”, qualificando-os de oportunistas e descompromissados com o legado bolsonarista.

Vozes da Lei
A Alesc sediou hoje, a partir das 14h, o evento “Vozes da Lei – Direito por Elas e para Todos”, que discutiu o papel e a relevância da mulher no mercado de trabalho, com foco especial no meio jurídico. A programação contou com cinco painéis temáticos reunindo advogadas, juristas, lideranças e ativistas. Entre as palestrantes estão as advogadas Iara Souza (criminalista) e Gisele Kravchychyn (previdenciarista).




