Disputa pelo Senado; PL de ex-deputado é aprovado; MDB lança Chico Folle a estadual; entre outros destaques

Amin e a disputa pelo Senado

A disputa para o Senado em Santa Catarina em 2026 promete ser uma das mais acirradas da década, com potencial para atrair atenção nacional. A possível chegada de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao Estado agita o cenário e coloca pressão no PL, partido do governador Jorginho Mello, que já tem a deputada federal Caroline de Toni como nome natural para a vaga. A mudança de domicílio eleitoral de Carlos sinaliza que a estratégia bolsonarista é manter influência decisiva no Congresso, escolhendo palanques estratégicos em Estados-chave.

Nesse contexto, o senador Esperidião Amin (PP) mantém um discurso cuidadoso, porém pragmático. Reafirma o desejo de disputar a reeleição, mas destaca que sua candidatura depende de dois filtros: o aval do próprio PP e o da federação com o União Brasil, que será formalizada na próxima terça-feira (19). Essa federação, que somará mais de 20% da Câmara e quase 20% do Senado, terá peso central na costura de alianças tanto no plano nacional quanto estadual, podendo decidir rumos da sucessão em Santa Catarina.

Ao considerar Carlos Bolsonaro “bem-vindo” e reconhecer que o PL tem autonomia para montar sua chapa, Amin envia um recado claro: não pretende se chocar com o grupo bolsonarista. O movimento é estratégico para preservar pontes com o PL e evitar isolamento no processo eleitoral.
Afinal, a disputa catarinense vai muito além de perfis individuais – é um xadrez político em que partidos, federações e projetos nacionais se entrelaçam, e no qual cada movimento pode definir não apenas quem será o senador, mas também o papel de Santa Catarina no tabuleiro do poder de Brasília.

Horários religiosos

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 2664/2003, de autoria do ex-deputado catarinense Adelor Vieira, que garante a realização de vestibulares e concursos entre domingo e sexta-feira, das 8h às 18h, para atender candidatos com restrições religiosas, como adventistas e judeus. Se inevitável no período proibido, a prova poderá ser feita após as 18h de sábado, com isolamento prévio. O texto também prevê abono de faltas escolares aos sábados por motivo religioso. A proposta, aprovada na forma de substitutivo, segue agora para o Senado.

Xaxim

O MDB de Santa Catarina lançou oficialmente a pré-candidatura do prefeito de Xaxim, Chico Folle, ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2026. O anúncio ocorreu durante encontro do diretório municipal, reunindo lideranças e filiados do partido. O presidente estadual, Carlos Chiodini, destacou a experiência de Folle no serviço público e a relevância do momento político para a região. Com isso, Folle se torna mais um nome do MDB a disputar uma cadeira na Alesc.

De volta

O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, deputado estadual licenciado, Jerry Comper, deve retornar para Alesc até o final do ano. Mesmo comemorando os excelentes números do programa Estrada Boa e um volume alto de recursos em obras estruturantes, Comper retornará ao parlamento para organizar sua campanha para 2026. A data não foi confirmada pelo parlamentar, mas deve ocorrer em meados de dezembro.

Reconduzido

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou, por unanimidade, a recondução de Fernando da Silva Comin ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Indicado pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, Comin ocupa uma das vagas do Ministério Público dos Estados. É conselheiro do CNMP desde 2024 e promotor de Justiça em Santa Catarina desde 2001. Foi procurador geral de Justiça do Estado por dois mandatos e coordenou o escritório do MPSC em Brasília. O parecer favorável foi do senador Esperidião Amin (PP-SC).

Público recorde

Com um público recorde com mais de 3.000 participantes, a OAB/SC encerra hoje o 4º Congresso Brasileiro de Processo Civil recebendo dois ministros do STJ: Sérgio Kukina e Paulo Sérgio Domingues. Eles são destaques no painel “O CPC visto pelos Tribunais Superiores”, que o mediado pelo catarinense Rafael Horn, conselheiro federal. Esta edição consagrou o protagonismo de Santa Catarina no calendário jurídico nacional.